Nos últimos anos, as discussões sobre sustentabilidade vêm intensificando as preocupações acerca dos impactos ambientais das atividades industriais e, nesse sentido, um dos principais desafios enfrentados pelas empresas é o tratamento de efluentes – tema que ocupa um local de destaque nos debates e materiais midiáticos ligados ao setor produtivo.
Isso se dá porque, mesmo com todas as discussões em torno do assunto, parte dos resíduos líquidos retornam aos ecossistemas naturais sem que seu potencial contaminante seja neutralizado, e esse é um cenário que representa graves riscos para as reservas hídricas do planeta, para o solo e até mesmo para a saúde pública.
A boa notícia é que o avanço das tecnologias e da conscientização ambiental já tem trazido algumas mudanças para esse panorama. Hoje em dia, existem soluções eficazes para o tratamento de efluentes industriais que minimizam os efeitos ambientais e ainda agregam sustentabilidade às atividades produtivas.
Quer saber mais? Então continue aqui conosco.
O que é o tratamento de efluentes industriais?
O tratamento de efluentes industriais é um processo que tem o objetivo de minimizar os impactos ambientais negativos dos resíduos líquidos gerados em fábricas e outros tipos de unidades industriais. Em outras palavras, é um conjunto de procedimentos que servem para remover ou neutralizar os contaminantes presentes nos efluentes.
Esse tipo de processo é importante porque os líquidos que resultam dos processos produtivos carregam quantidades enormes de impurezas físicas e químicas, como metais pesados, aditivos sintéticos e diversas outras substâncias tóxicas que, sem o tratamento adequado, podem impactar todas as esferas ambientais.
Os resultados imediatos, por exemplo, são a contaminação de corpos d’água – como rios e lençóis freáticos – e a poluição do solo. Ao se espalharem pelos ecossistemas, esses contaminantes podem chegar às cidades, às zonas agrícolas e aos animais, afetando a fauna, a flora e a saúde das pessoas.
Tratamento de efluentes industriais: 4 coisas que você precisa saber sobre o assunto
Para mitigar tais efeitos, os processos de tratamento de efluentes industriais empregam diversas técnicas que visam retirar os materiais sólidos poluentes, neutralizar as substâncias químicas tóxicas e acelerar a decomposição da matéria orgânica que se acumula nos resíduos líquidos.
As etapas do tratamento – assim como a complexidade dos procedimentos – podem variar bastante a depender de alguns fatores, como o nicho de atuação da empresa, o porte das operações e o tipo dos efluentes gerados.
Mas acima disso, para que esse processo seja realizado de maneira segura e eficiente, é importante que todas as partes envolvidas nas atividades produtivas entendam os aspectos fundamentais do tratamento de efluentes, que se concentram em 5 principais aspectos:
1. O tipo de efluente que a sua empresa gera
Para quem busca estabelecer um procedimento de tratamento de efluentes industriais, o primeiro passo é determinar quais serão os tipos de efluentes manipulados, afinal, essa definição é essencial na hora de definir uma estratégia de tratamento eficiente.
Segundo a norma ABNT NBR 10004:2004, criada para padronizar a classificação dos resíduos sólidos, os materiais residuais se dividem em dois grupos: perigosos e não perigosos, que ainda se dividem em inertes e não inertes.
Os resíduos de classe I (considerados perigosos) ainda podem ser caracterizados como inflamáveis, corrosivos, reativos, tóxicos e patogênicos.
2. Os métodos de tratamento disponíveis
O tratamento de efluentes industriais também pode ser feito de várias formas diferentes e, atualmente, as técnicas mais comuns e eficazes são o método biológico e o método físico-químico.
No tratamento biológico de efluentes, a remoção das impurezas fica por conta de microrganismos que se alimentam da matéria orgânica presente no líquido residual. Dessa forma, os contaminantes são transformados em biomassa e dão origem a compostos como água e gás carbônico. Geralmente, os processos biológicos utilizam iodos ativados, lagoas de estabilização ou reatores anaeróbios.
Por sua vez, o tratamento físico-químico é a abordagem ideal para os casos que envolvem contaminantes mais complexos, que não podem ser digeridos pelos microrganismos do método biológico. Ele une etapas de separação física e neutralização química das impurezas, utilizando procedimentos, como coagulação, floculação, precipitação química, ajuste de pH, oxidação etc.
Esses métodos distintos devem ser aplicados com base na classificação dos efluentes que citamos no tópico anterior.
3. As legislações ambientais que se aplicam para o seu caso
No Brasil, há várias determinações legais que regulamentam a geração, a manipulação e o descarte de efluentes líquidos, com destaque para as resoluções do CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente). Se a sua empresa lida com esse tipo de resíduo, é importante conhecer as obrigações estabelecidas pelas leis ambientais para garantir a conformidade das suas operações.
Atualmente, as normativas de abrangência nacional mais relevantes quando se fala em tratamento de efluentes industriais são:
Lei 6.938/1981 – Política Nacional do Meio Ambiente:
determina que os geradores de passivos ambientais sejam responsabilizados pelos danos causados por suas atividades. Isso pode incluir indenizações ou obrigações ligadas à recuperação das áreas afetadas.
Lei 9.605/1998 – Lei dos Crimes Ambientais:
estabelece as punições penais e administrativas que devem ser aplicadas às organizações e indivíduos que contribuírem para a degradação ambiental.
Resolução CONAMA nº 357:
classifica os corpos d’água dos ecossistemas brasileiros e determina padrões de segurança e sustentabilidade para o descarte de efluentes líquidos nos ambientes aquáticos.
Resolução CONAMA nº 430:
estabelece as diretrizes e os parâmetros para o lançamento de efluentes em corpos d’água naturais, complementando a Resolução CONAMA nº 357.
4. Os órgãos ambientais que regulamentam e fiscalizam a sua região
Para as empresas que fazem questão de manter a conformidade ambiental em dia, não basta conhecer as leis e normas que se aplicam à gestão de efluentes a nível nacional.
Também é indispensável levar em consideração as determinações locais estabelecidas pelos órgãos ambientais que fiscalizam cada região. Afinal, essas entidades podem ter exigências mais específicas que se aplicam à cidade ou estado onde a sua empresa atua.
No estado de São Paulo, por exemplo, a CETESB (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental) é responsável por monitorar todas as atividades geradoras de poluição e punir o descarte indevido de resíduos. É o órgão que emite o CADRI (Certificado de Movimentação de Resíduos de Interesse Ambiental), documento obrigatório que atesta o encaminhamento adequado de resíduos diversos.
A importância de contar com parceiros especializados no tratamento de efluentes
Independentemente do método de tratamento de efluentes industriais que melhor atende às suas necessidades, é essencial escolher uma boa empresa parceira para viabilizar o encaminhamento dos resíduos.
Contratar prestadores de serviço especializados e experientes é a melhor forma de garantir que os seus efluentes serão manipulados e destinados com o máximo de responsabilidade socioambiental, de acordo com todas as obrigações legais. É isso que acontece aqui na Carbono.
Referência em serviços ambientais desde 2016, a Carbono oferece suporte completo para quem busca uma solução de tratamento de efluentes industriais eficiente. O cuidado de ponta a ponta vai desde a classificação e testagem dos resíduos até o tratamento na planta de efluentes própria e o auxílio na obtenção de certificados ambientais (como o CADRI).
Você ainda pode acompanhar o andamento de todas as atividades facilmente com o aplicativo da Carbono, que proporciona total transparência para o tratamento de efluentes industriais da sua empresa.
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